quarta-feira, 31 de outubro de 2012

21 grams

21 grams by Alejandro González Iñarritú & Guillermo Arriaga

How many lives do we live?
How many times do we die?
They say we all lose 21 grams... at the exact moment of our death.
Everyone.
And how much fits into 21 grams?
How much is lost?
When do we lose 21 grams?
How much goes with them?
...

How much is gained?
How much is gained?
Twenty-one grams.
The weight of a stack of five nickels.
The weight of a hummingbird.
A chocolate bar.
How much did 21 grams weigh?

POETRY... GORGEOUS... BEAUTIFUL...
 
Take care everybody...
Marcos. 
 

CELEBREMOS DRUMMOND: DIA D

DIA D: CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE...


Drummond, atualmente, é meu poeta de alma... o leio compulsivamente...
Hoje, Halloween, não interessa a mim...
Desejo celebrar Drummond...
Eu gauche como ele (literal e metaforicamente); ele gauche como a mim; freak; incompreendido; ser um humano tendente a ser um sertão humano (emprego-me de uma expressão de Guimarães Rosa de seu "Grande Sertão: Veredas").
Poemas de Drummond? Para mim toda sua obra...
Porém, há cerca de um ano fiz uma performance em que me entregava de alma e corpo (a foto de meu rosto em minha página do facebook é referente a essa performance; comentário de minha mãe: "essa sua foto está muito esquisita", rs... Não sou, nem serei "Laranja Mecânica"; apenas me protegi com essa máscara para que minha entrega não fosse destrutiva para mim, queria apenas uma entrega dilacerante...).
O poema ao qual me refiro é "O homem; As viagens" reproduzido em 17/09/2011 aqui mesmo:

http://caracolleiturasdesleiturasreleituras.blogspot.com.br/2011/09/o-homem-as-viagens-carlos-drummond-de.html 

Outro poema fulcral de Drummond para mim é "O caso do vestido", por havê-lo analisado na Faculdade de Letras para a disciplina Literatura Brasileira IV para o professor Alcides Villaça. Nessa época, muito inseguro eu, fiz uma viagem das mais profundas e temia não ser compreendido por Villaça. Dito de outra maneira: como uma nota estava em jogo ou tiraria 10 ou tiraria 0. Como meu ex-professor entrou em meu jogo, em minha brincadeira ao olhar minha nota fui alçado aos céus: 10,0!

Bastam de histórias... c
elebremos o DIA D: http://diadrummond.ims.uol.com.br/#box1

Abraço drummoniano a todos,
Marcos.


DENTROFORA+PAUL AUSTER+CARLOS RAMIRO

"Você acha que algum dia a gente vai encontrar?"
Paul Auster




"'Da Mão para a Boca' reúne relatos de sua vida, um jogo criado pelo escritor chamado action baseball, e mais três peças (entre elas Hide and Seek adaptada pelo In.Co.Mo.De-Te como DentroFora).", retirado do programa da peça.

"A peça DentroFora é uma metáfora sobre o ser humano contemporâneo. Conta o momento de duas personagens chamadas apenas Homem e Mulher, que se encontram presos dentro de duas caixas. A peça explicita a imobilidade do ser humano perante a vida.", retirado do programa da peça. 

http://youtu.be/p1UnFfQYdlo

Ontem, 30 de novembro, tive o privilégio de encontrar-me com a brilhante Carolina Berger - espero que seja minha futura nova velha amiga velha nova; eu já a considero... mas apenas o tempo cronológico relogial (chavão horroroso) "me lo dirá" (me encantan las formas pronominales en español... y por eso siempre que puedo me las uso, "me las abuso", me lambuso com todos os dativos éticos e (des)éticos, rs...). Foi uma noite de estados de graça... inicialmente, pela conversa agradabilíssima que tive com a Carolina - moça+mulher inteligente+sensível+perspicaz - e o convite feito por ela a mim para assistirmos a brilhante peça "DentroFora" de Paul Auster com direção de Carlos Ramiro (direção impecável...).
Apenas alguns comentários: essa peça, em primeiro lugar, precisa voltar pra Sampa e o que eu puder fazer para que ela chegue aos CEUs, eu o farei...
DentroFora é um texto fascinante por ser sensível, humano, filosófico, pensante, emocionante... Questionamento dos bons, ou melhor, como digo é desestabilizador por tirar o chão de meus vãs pezinhos... ("Você acha que algum dia a gente vai encontrar?" Paul Auster): filosoficamente emocionantemente comovedomente fabuloso...
A trilha e iluminação desde o início são impecáveis e belíssimas... como é bom estar próximo a seres pensantes...
A direção do Carlos Ramiro está genial, espetacular, fantástica, incrível... Ramiro é outro que fala minha língua...
Os atores são monstruosos: Liane Venturella e Nelson Diniz (ambos impecáveis, interpretação dos DEUSES e o figurino e maquiagem perfeitos...).
Enfim... estado de graça devido a esse presente de Carolina dado a mim...

Corazón, maja, chica... sólo puedo decirte: muchísimas gracias por todo.
Un beso enorme y nos veremos.

Marcos.  

terça-feira, 30 de outubro de 2012


ACASO+ A l M A   l A v A d A+(A)gêneros+incondicionais amores...  

Ontem, domingo, 28/10, havia comprado um ingresso para assistir ao novo longa de Xavier Dolan - "Lawrence Anyways": brilhante e tão bom quanto "Eu matei minha mãe" e "Amores Imaginários" - às 22:00 no cinema da Reserva Cultural. Saí de minha reunião do grupo de cinema "Cinema Paradiso" por volta das 19:20, onde havia discutido o  incrivelmente catastrófico "Moonrise Kingdom"... Cheguei cedo à Reserva, às 20:00, aproximadamente... Paulista ainda tranquila... Aos poucos, não a escadaria de Odessa - mas simbolicamente, poderia sê-lo -, a escadaria da Gazeta e a Paulista vão sendo tomadas pelo povo... Cruzo com Carol Almeida - comento que me recordo do dia em que celebramos as Diretas Já, criança eu naquela época, homem humanista nos dias atuais - que desencadeia uma cadeia, uma avalanche e outros cruzamentos se produzem... Haddad celebra a vitória conosco... Belo, lindo, emocionante... Fala lúcida que aos poucos me faz deslocar-me/movimentar-me de tempos de um tanto treviáticos para tempos um pouco menos treviáticos... não sou dado a dicotomias, ou melhor, prefiro falar de movimentos pendulares e ora tendemos mais a uma borda, ora a outra...
Entro na sala 1 do cinema da Reserva 15 minutos atrasados... sem neuras, celebrava eu um momento de movimentos/deslocamentos em Sampa... (o texto continuará em meu blog... e começa a continuar)...

Desenvolverei agora relações entre o momento histórico vivido por mim e o filme "Laurence Anyways" de Xavier Dolan.

Md. Bécamier me chama, não posso deixá-la esperando por admirá-la e com ela tento tender a ser um "gentleman"... Estou indo, Md. Bécamier...   

Abraço a todos,
Marcos.

domingo, 28 de outubro de 2012

Um "Quase-Haikai"+ Lícia


Um “Quase-Haikai” de Lícia

Postado em 11/06/2012


Vivo eu do gozo.
Provoco contentamento.
Procuro o prazer intuitivamente.
Sou usufruto da volúpia.
E todo meu investimento é na natureza humana!


Belíssimo!
Abraço afetivo a todos,
Marcos.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

MOONRISE KINGDOM: MONSTRUOSAMENTE E BRILHANTEMENTE E GENIALMENTE CATASTROFICAMENTE...

MOONRISE KINGDOM de WES ANDERSON...

MOONRISE KINGDOM: genialmente catastrófico...
Assisti ao incrível Moonrise Kingdom e apesar de os críticos classificarem-no como uma fantasia, para mim, é uma comédia perspicaz elevada, pelo menos, à enésima potência... ou melhor, deboche, sátira, ironia da mais alta sofisticação. Em uma palavra: B R I L H A N T E ! ! !





http://youtu.be/MbPO7OzGTqs

Abraço a todos,
Marcos.

Man With A Movie Camera:The Global Remake

Man with a movie camera: the global remake

Essa eu devo à Milena Szafir... Thanks so much...


Versão original de "O homem com uma câmera": http://youtu.be/fkwuA9T3oeM de Dziga Vertov.

Genialidade das boas...

Abraço a todos,
Marcos.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

LUZ+LUÍS HENRIQUE RECHDAN

Poema escrito por um enorme querido meu... Luís Henrique Rechdan...


"luz
 
luz que afaga
      que nos acompanha na hora de dormir
      que nos ama enquanto aguardamos a quem amamos ir dormir
luz que anuncia
      que nos avisa a chegada daquele que pós longa jornada
                                                                    retorna ao lar
que nos atinge, furtiva, escamoteante, antes que o ser amado
                                                               resolva nos dar um
                                                               lâmpejo de carinho
                                                               juntivo
 
luz que relembra
      que nos remete aos tempos de criança quando aguardávamos o
                                                                 retorno de nossos pais
                                                                 ora do trabalho
                                                                 ora do lazer
                                                                 ora da traição na qual
                                                                 se encontravam imersos
       que fere sem saber o coração que apenas queria receber o afago
                                                                         o colo...
luz que rejuvenece
      que nos faz acreditar que o amor existe enquanto ele parece ter
                                                              desaparecido
      que nos consola quando acreditamos estar sós, imersos na
                                                                 solidão das trevas
Buscamos sempre a luz, a luz divina, luz eterna
                         luz luz
                         que não deixa de assim ser quando somos à luz chamados
                                                                por aquele que nos criou
                                                                que nos ama
                                                                amor incondicional
                                                                que buscamos incansavelmente
                                                                em nossa pequena passagem
                                                                na terra atingir
                          que nos faz acreditar a cada instante no nada que
                                                                existe entre nós
                                                                e no enquanto estamos fadados a
                                                                sofrer
 
Aliás, sofrimento é luz, enquanto nos impede de dormir
          e nos aproximamos aos infernos da busca da luz
                    luz que afaga
                    luz que anuncia
                    luz que relembra
                    luz que rejuvenesce
                    luz que nos faz viver
                                 vida que nos mata a cada momento
                                 que vivemos
        
                                                                    Viva a luz!"
 
Luís Henrique Junqueira de Almeida Rechdan (26/27/01/09)

domingo, 21 de outubro de 2012

LIKE A VIRGIN+MDNA

DeClAmAçÃo+PoEtIzAçÃo De LiKe A vIrGiN...
Genial a meu ver... e belíssima interpretação de Madonna...

http://youtu.be/Uc2EqVjy04k

Abraço de um quase virgem, rs...

Marcos. 

sábado, 20 de outubro de 2012

Augmented Structures v1.1 | Acoustic Formations of Istiklal Street

B r I l H a N t E . . .
                              D
                              e
                              S
                              e
                              S
                              t
                              R
                              u
                              T
                              u
                              R
                              a
                              T
                              e

http://youtu.be/kqbJTIEStDk

Esse tipo de intervenção/arte me fascina...

Abraço a todos,
Marcos.

 

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

HERMAN KOLGEN

Absolutamente desestabilizador...
h
  e
    r
     m
        a
          n
          k
          o
           l
           g
           e
           n

Para mais informações: http://www.kolgen.net/nuevo

Abraço a todos,
Marcos.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

FAZ TANTO TEMPO E EU AINDA ME COMOVO...

Abaixo reproduzo o belíssimo texto escrito por minha enorme e imensa amiga Rian, mulher guerreira, inteligente e foi/é excelente terapeuta...

FAZ TANTO TEMPO E EU AINDA ME COMOVO...

Discutimos no nosso grupo de cinema o filme de Ugo Giorgetti Cara ou Coroa. Vários filmes já trataram dos “anos de chumbo” da ditadura militar no Brasil, mostrando a questão da repressão, da perseguição, da tortura e de morte dos que ousaram se insurgir contra o arbítrio. É evidente a importância desses registros, para que as novas gerações conheçam a luta que muitos travaram contra a ditadura militar e o preço alto que pagaram por defenderem seus ideais de liberdade.
Mas, com sensibilidade e delicadeza, Cara ou Coroa mostra um retrato já distanciado pelo tempo, que tem como pano de fundo a ditadura, porém amplia seu foco para outras questões tão importantes quanto a denúncia. Em primeiro lugar, no filme não há maniqueísmo tão facilmente usado quando se enfrenta situações de gravidade como a que vivemos naquela época. Há uma certa tendência a glamourizar os que lutaram, como se todos fossem heróis sem mácula, enquanto o outro lado era formado só por monstros. Acho que isso tem a ver com nossos padrões infantis onde existem fadas e bruxas. Mas, como tudo na vida, nada é só preto ou só branco e sempre há nuances. Essa redução entre bons e maus, deuses e demônios, atende à nossa necessidade de simplificar as coisas, muitas vezes para não termos que admitir que cada um de nós traz em si aspectos contraditórios como cara e coroa de uma única moeda. No filme, as figuras do general e do taxista são emblemáticas: defensores do regime instaurado, mas ao mesmo tempo capazes de gestos humanitários.
Em segundo lugar, a questão que mais me sensibilizou foi a solidariedade, não só aquela declarada e atuante, como a sutilmente prestada com um “fazer de conta que não viu”, como no caso da empregada do general e até dele próprio.
Durante a discussão do filme (na reunião de 23/09 do Cinema Paradiso), vieram à tona exemplos reais de envolvimento de pessoas não militantes políticas, que corajosamente se expuseram dando guarida a perseguidos políticos e que, por isso, ou foram presos, torturados, ou foram obrigados a deixar clandestinamente o país por muitos anos, só podendo voltar depois da anistia.
O filme e, principalmente, a discussão, trouxeram de volta muito fortemente as lembranças daquele período como feridas que voltam a sangrar. Lembrar daquela época me comoveu bastante e mesmo agora, enquanto escrevo, me emociono. Na minha história pessoal eu experienciei perseguição política e prisões, mas também muita solidariedade, como em algumas situações que descrevo a seguir.
Quando minha casa foi invadida por homens do exército, eu e Leão (meu marido) não estávamos lá. Meus 4 filhos ficaram reféns como condição para que aparecêssemos. Depois de os aterrorizarem revistando toda a casa, desmontando a biblioteca e ameaçando levá-los para o Juizado de Menores, alegando abandono (nossa empregada lhes disse que estávamos viajando), ficaram dia e noite na porta de casa, dentro da viatura. Acompanhavam todos os passos de quem saísse de nossa casa - até a ida e a volta das crianças da escola! Fizemos planos de retirá-las de madrugada, depois de nos certificar de que uma a duas vezes por noite eles iam à padaria tomar café. Telefonei à minha vizinha Miranda Magnoli (professora da FAU) para avisar a Cema, nossa empregada, sobre o nosso plano. Durante a conversa, a estratégia foi mudando: eu tiraria as 3 crianças mais velhas da escola, enquanto Miranda tiraria Cema e o caçula pelo muro do quintal. Foi uma operação arriscada que felizmente deu certo. A entrada da minha vizinha nessa tarefa foi oferta dela, a que hesitei em aceitar para colocá-la em risco. Foi uma enorme manifestação de solidariedade pela qual eu sou grata o resto da minha vida.
A diretora da escola que me deu cobertura na retirada das crianças e que, meses depois, com a nossa volta para São Paulo (meu marido já estava, então, no exílio), ofereceu bolsa integral aos meus filhos. Amigos me hospedaram e aos nossos filhos quando os retiramos das mãos do exército. Outros, em ocasiões diferentes, nos emprestaram casa e apartamento quando precisamos ficar fora de casa. Marcus Pereira coordenou um movimento entre publicitários, que se cotizaram para pagar o aluguel de nossa casa enquanto Leão esteve no exílio.
Quando, alguns anos depois, fomos presos no Doi-Codi (Oban), três dos nossos filhos estavam de férias em Recife e somente minha filha mais velha estava conosco. Nosso maior desespero era saber que ela estava sozinha em casa, sem sequer saber de nossa prisão. Leão deu o telefone de sua secretária Mary a um carcereiro da Oban, que telefonou para ela. Mary levou nossa filha para sua casa até sermos libertados (bendito carcereiro e bendita Mary!!).
Nem mesmo nossos amigos advogados conseguiram qualquer informação a nosso respeito no DOI-CODI. Mas um deles, filho de um banqueiro que era amigo de um general, pôde intervir a nosso favor. Por prudência, nunca ninguém perguntou se houve ou não interferência do general para nossa soltura.
Houve muita solidariedade, mas também houve reações de afastamento de amigos, principalmente por medo das consequências, o que é compreensível, porque, afinal de contas, a opção de luta foi nossa e não deles.
Leão, que era um dos maiores salários da publicidade, ficou desempregado mais de 5 anos, até seu julgamento, tendo sido explorado por algumas agências, para quem ele prestava serviços (em casa), com remuneração aviltante. Uma dessas agências chegou a receber um prêmio internacional por uma campanha que, na verdade, foi feita por Leão. O prêmio e o mérito ficaram para o dono da agência.
Sempre que lembramos ou falamos sobre a ditadura militar no Brasil, o que fica ressaltado é a dor, o medo e todo o sofrimento pelo qual passamos e que tanto nos marcaram. O maior mérito de Cara ou Coroa, dentre tantos outros, é o de nos fazer recordar, com muita emoção, o que normalmente fica escondido sob o peso do sofrimento, que é exatamente o quanto recebemos de apoio, de acolhimento e até de sacrifício de tantas pessoas, sem o que certamente não teríamos sobrevivido. O conforto dessas lembranças é como o colo de mãe, que nos faz acreditar no lado positivo da humanidade. Talvez, por isso, o filme tanto me reconfortou.
Transcrevo uma nota de agradecimento que Leão publicou num jornal de São Paulo, porque achou que ele tem muito a ver com o filme em questão:

Aos amigos
Aos que concordando ou divergindo me ajudaram. Aos que principalmente protegeram meus filhos. Aos que acreditaram mais no meu silêncio que nas muitas versões. Aos que sem imprensa defenderam meu nome. Aos que sacrificaram salários e mesadas. Aos que não dormiram enquanto não me restituíram à aparente liberdade de ir-e-vir. A todos que se ofereceram - até desconhecidos alguns. Aos que não esconderam. Obrigado. Vocês confirmam inclusive que todos homem tem um Compromisso com os demais. E é como eu sempre pensei.
José Leão de Carvalho

Rianete Lopes Botelho

Além de bem escrito é um belíssimo texto.

Tenho enorme orgulho de ser amigo dessa mulher, senhora, ser humano, SERTÃO HUMANO.

Enorme abraço a todos,
Marcos.

III Jornada Discente do PPGMPA


III Jornada Discente PPGMPA

Promoção: Programa de Pós-Graduação em Meios e Processos Audiovisuais da USP
Local: ECA-USP
Dia: 19 de outubro de 2012

A III Jornada Acadêmica Discente PPGMPA – USP é um evento acadêmico com o objetivo de integrar e promover o intercâmbio científico e cultural da comunidade acadêmica do Programa de Pós-Graduação em Meios e Processos Audiovisuais da ECA-USP. Em forma de seminário, a Jornada Acadêmica contará com apresentações e discussões de trabalhos de pesquisa realizados pelo corpo discente do Programa, permitindo a divulgação e troca de informações e experiências relacionadas à prática de pesquisa em comunicação.
Alunos regulares de outros programas de pós-graduação da ECA poderão apresentar suas pesquisas desde que possuam temáticas afins.PARTICIPANTES OUVINTES
Alunos de outros programas ou instituições poderão participar como ouvintes, podendo se inscrever no dia da Jornada Discente, antes do início das mesas. Os participantes ouvintes terão direito a certificado.

PARTICIPANTES OUVINTES
Alunos de outros programas ou instituições poderão participar como ouvintes, podendo se inscrever no dia da Jornada Discente, antes do início das mesas. Os participantes ouvintes terão direito a certificado.

http://www.pos.eca.usp.br/index.php?q=pt-br%2Fppgmpa%2Fiii-jornada-discente-ppgmpa

RUBY SPARKS

RUBY SPARKS (uma possível tradução seria "Rubi Brilhante", redundância sim, porém, um bom jogo de palavras...).



Tive a oportunidade de assistir ao filme "Ruby Sparks" - longa dos mesmos diretores de "Pequena Miss Sunshine" e gostei bastante... O filme não é uma obra de arte, nem uma obra prima. Entretanto, aborda a história de um "patinho feio" e sua criação, ou seja, sua Frankstein(A). Um filme que me fez refletir sobre meus amores e desamores, minhas idealizações e desidealizações... Enfim... um filme que retrata dois jovens que não são viciados em internet e que vivem a vida com seus conflitos e contradições. Um filme que aborda efetivamente a vida, apesar de Ruby, inicialmente, ser uma criação de, Calvin, um jovem escritor. Caso consiga - e espero conseguir - escreverei um texto/uma resenha a respeito desse longa metragem. 


Trailer: http://youtu.be/R_Xh-FeKc4g

Enorme abraço a todos, Marcos.



terça-feira, 16 de outubro de 2012

FAUZI ARAP

Fauzi Arap
 

"'O teatro é desobediência permitida. Ele possibilita uma libertação temporária do grilhão das máscaras, e é um respiradouro que nos ajuda a escapar do tablado raso do cotidiano', escreve Fauzi Arap em seu livro autobiográfico Mare Nostrum (editora Senac)."

Em: O Estado de São Paulo, terça-feira, 16 de outubro de 2012, Caderno 2, D5.

Belíssimo e é isso que eu procuro para mim.

Abraço a todos,
Marcos.  

XAVIER DOLAN+NOVO FILME NA MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA

Cinéfilos e cinéfilas:

caso ainda não conheçam os filmes do Xavier Dolan ("Eu matei minha mãe" e "Amores Imaginários") e puderem assistir a seu novo longa-metragem, "Laurence Anyways", me parece que vale à pena, especialmente  por parecer começar a refletir sobre o que o grupo de teatro "Os Satyros" define como a "Era do pós-gênero".

LAURENCE ANYWAYS


LAURENCE ANYWAYS / LAURENCE ANYWAYS


2012 ● Afeganistão, França ● color ● 35mm ● 160 min. ● Ficção


Durante os anos 90, um homem tenta salvar seu relacionamento com sua noiva depois de revelar que mudará de sexo. A história de um amor louco e fora dos padrões.

Prêmio de melhor atriz (Suzanne Clément) na mostra Um Certain Regard do Festival de Cannes e melhor filme canadense no Festival de Toronto.



http://36.mostra.org/filme/374981/laurence-anyways, acesso em 16/10/2012.

Enorme abraço a todos e nos encontraremos nas sessões dos filmes.
Marcos.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

O que é bom gosto?+Isay Weinfeld

O que é bom gosto?

Acho que não existe bom gosto ou  mau gosto. Existe o meu gosto e o seu gosto. Quando vejo uma pessoa de bom gosto, é porque ela tem o meu gosto.

Isay Weinfeld. O Estado de São Paulo, segunda-feira, 15 de outubro de 2012, Caderno 2, D2.

A REDE ANTISSOCIAL+LÚCIA GUIMARÃES

Lucidez das boas de Lúcia Guimarães.


A rede antissocial

15 de outubro de 2012 | 3h 11

Lúcia Guimarães - O Estado de S.Paulo
Estava respondendo emails de trabalho quando o anúncio piscou no alto da tela: "Two people unfriended you" - duas pessoas excluíram você, do Facebook, naturalmente, a rede social responsável por esta contribuição semântica duvidosa ao jargão contemporâneo. A outra é "like" (curtir) e ainda engasgo quando leio websites de notícia me convidando a gostar da manchete sobre um massacre na Síria. Ironia não viaja bem na rede social.
O anúncio, baseado na pescaria que fazem na nossa correspondência privada, deve ser de um software que ajuda a descobrir quem "desamigou" você, mas nem precisei conferir. Não tenho um só amigo no Facebook. A minha conta existe apenas como cortesia para este jornal, para facilitar a mediação de comentários. Antes que o leitor comece a ficar com pena do meu isolamento, explico: prefiro não marcar encontro com amigos num espaço virtual que diariamente me faz a pergunta orwelliana - "no que você está pensando?"-, manda e-mails perguntando se eu conheço fulano ou sicrano e enche a minha página com listas de pessoas que eu "talvez" conheça (sempre se engana, folgo em dizer).
Quando o Facebook passou a marca de 1 bilhão de usuários, diga-se de passagem mais lentamente do que previra, ficamos sabendo que o Brasil é a menina dos olhos da companhia em busca de expansão, junto com Índia, Indonésia, México e, é claro, os Estados Unidos. O caso americano é diferente, o crescimento desacelerou por falta de população alvo e, para continuar conquistando gente aqui, o Facebook estuda uma forma de deixar menores de 13 anos se tornarem membros sem burlar o Ato de Proteção à Privacidade da Criança. Além disso, a companhia acusou o governo federal de cercear a liberdade de expressão de adolescentes porque quer proibir ditos menores de curtir anúncios ou ser seguidos por publicidade em sites de crianças.
Se aquela experiência com os pequenos chimpanzés que usam iPads no zoológico de St. Louis der certo, quem sabe...
A história do capitalismo digital se repete: o revolucionário de hoje é o ditador de amanhã. À medida que aumenta a pressão de anunciantes para monetizar a rede social, continuam soando os alarmes sobre como sua comunicação com seus amigos online é vendida sem a sua permissão. Uma companhia que tem acesso aos dados de 70 milhões de consumidores americanos usa seu banco de dados para descobrir se uma compra foi feita através de um anúncio no Facebook, o que, denunciam críticos, viola a promessa de privacidade feita aos membros quando o Facebook pagou US$ 9,5 milhões de multa à Comissão Federal de Comércio americana, em 2011. O usuário não tem a opção de se excluir da garimpagem de seus passos feita pela nova parceira de sua rede social.
A Europa continua à frente dos Estados Unidos em erguer obstáculos para invasões de privacidade por gigantes como Google e Facebook. No mês passado, o Facebook concordou em apagar o arquivo de membros da União Europeia usando, sem permissão, a tecnologia de reconhecimento facial. A tecnologia foi desenvolvida por uma companhia israelense comprada este ano pelo Facebook. Nos Estados Unidos, cuja Constituição inclui emendas que ajudaram a definir o direito à privacidade, a minha cara no Facebook ainda pode ser usada para descobrir com quem convivo no mundo real, seja através de câmeras na rua ou fotos postadas online.
O Facebook é apenas a maior rede e atrai o maior escrutínio. Mas, à medida que todos os conglomerados, seja operadoras telefônicas, sites de busca ou fabricantes de eletrônicos como a Apple, travam suas batalhas monopolistas, é impossível para o consumidor se manter informado sobre as consequências de sua interação com os outros, seja por amizade, consumo ou necessidade profissional. Na última vez que consultei o dicionário, antissocial era sinônimo de violar a moral da vida em comunidade.
Abraço afetivo a todos,
Marcos.

OBSOLESCENZA DEL GENERE+KYRAHM+JULIUS KAISER

BRILHANTE... FASCINANTE... ALUCINANTE...

Obsolescenza del Genere - Installazione Umana 1
Gender Obsolescence - Human Installation 1

by Kyrahm and Julius Kaiser

AWARD: ARTE LAGUNA PRIZE - PERFORMANCE ART - 2009

Se ainda não viram, copiem o link e entrem no youtube. Simplesmente genial, contemporâneo, atual... 

http://youtu.be/smTPi9fWJJc

Abraço a-gênero a todos,
Marcos.

HAPPY BIRTHDAY TO YOU+MARILYN MONROE

No dia dos professores, apenas Marilyn Monroe para nos tirar dos tempos de trevas educacionais, rs...


http://youtu.be/w3IzpazVl-I

http://youtu.be/JYMbKvCWlRg

Feliz dia dos professores a todos os EDUCADORES E HUMANISTAS desse país onde, em seu dia a dia, dão murros em pontas de faca, pero, c´est la vie... Quem sabe um dia a educação no mundo e nesse país seja algo efetivamente importante...

Abraço afetivo a todos,
Marcos.

domingo, 14 de outubro de 2012

JUST IN TIME+NINA SIMONE

Ai que saudades da Nina Simone!!! Mulher genial, brilhante, sensível...
Nostalgia minha: adoraria ter assistido a um espetáculo dela em Paris, rs... cantando "Just in time", rs...
Se estivesse ao lado de meu futuro namorado, seria melhor ainda, rs...

http://youtu.be/2Z-kyQRSMWw


Fantástico,

Abraço jazzístico a todos,
Marcos.


quarta-feira, 10 de outubro de 2012

MDNA TOUR+MADONNA

Como sou madonnaníaco, vamos nos intravenar DNAmente com a MDNA TOUR:

http://youtu.be/IBt1HNNdusc

Very good!

Abraço dançante a todos,
Marcos.

NÃO HÁ VAGAS+FERREIRA GULLAR


Não há vagas
O preço do feijão
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão
O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário
que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras
- porque o poema, senhores,
está fechado:
“não há vagas”
Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço
O poema, senhores,
não fede
nem cheira
Ferreira Gullar
Narrado por Douglas Couto:
http://youtu.be/fY6683NByMI
Abraço a todos,
Marcos.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

CIDADEZINHA QUALQUER+DRUMMOND

Cidadezinha Qualquer

Casas entre bananeiras
mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar.

Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
Devagar... as janelas olham.

Eta vida besta, meu Deus.

Carlos Drummond de Andrade

Lindo demais, prosaico demais, pitoresco demais.

Abraço poético a todos,
Marcos.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

QUERO ME CASAR+DRUMMOND

QUERO ME CASAR

Quero me casar
na noite na rua
no mar ou no céu
quero me casar.

Procuro uma noiva
loura morena
preta ou azul
uma noiva verde
uma noiva no ar
como um passarinho.

Depressa, que o amor
não pode esperar!

Carlos Drummond de Andrade

QUERO NAMORAR

Quero namorar
na noite na rua
no mar ou no céu
quero namorar.

Procuro um namorado
louro moreno
preto ou azul
um namorado verde
um namorado no ar
como um passarinho.

Depressa, que o amor
não pode esperar!

Marcos Peter Pinheiro Eça

Abraço a todos,
Marcos.

domingo, 7 de outubro de 2012

TUDO O QUE DESEJAMOS

Hoje assisti ao sensível, humano, fraterno "Tudo o que desejamos". Apesar de não ser genial é um belo e bom filme que, de meu ponto de vista, aborda dois ideias da Revolução Francesa: IGUALDADE e FRATERNIDADE.






Abraço a todos,
Marcos.

SINAIS DO MAR+ANA MARIA MACHADO

O livro "Sinais do mar" de Ana Maria Machado, CosacNaify é uma belezura, além de ser uma lindura...

Dúvida

Água-viva
quando morre
fica sendo
água-morta?

Ou água só?

Siri

Siri
não ri
em serviço.

Se troca a casca
vira ouriço
procura concha,
busca uma toca e,
sumiço.

Não dá mole por aí.
Pra não virar sopa
faz boca
de siri.

Primeiro Mar

Tantas páginas lidas muito antes
Tantos livros que enchiam as estantes
Tantos heróis a povoar os sonhos
Tantos perigos, monstros tão medonhos

    Nos tempos sem tevê e sem imagem
    Palavras fabricavam paisagem

Tesouros, mapas, ilhas tropicais,
Argonautas, recifes de corais,
Perigos na neblina entre rochedos.
Vinte mil léguas cheias de segredos,

Histórias de naufrágio e abordagens,
Ulisses, Moby Dick, mil viagens,
Robinson, calmarias, um motim.
Descobertas, veleiros, mar sem fim.

Que delícia de poemas, rs...

Abraço poético a todos,
Marcos.





Cidadezinha qualquer - Drummond

Além de minha terapeuta, Drummond me ajuda a entrar no eixo também, rs...

CIDADEZINHA QUALQUER

Casas entre bananeiras
mulheres entre  laranjeiras
pomar amor cantar.

Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
Devagar... as janelas olham.

Eta vida besta, meu Deus.

Carlos Drummond de Andrade

Como é bom ler a obra de Drummond, rs...

Abraço drummoniano a todos,
Marcos.

UMA mErDa: eu fiz...

UMA mErDa: eu fiz...

A Drummond

No meio do caminho tinha uma merda
tinha uma merda no meio do caminho
tinha uma merda
no meio do caminho tinha uma merda.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma merda
tinha uma merda no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma merda.

Enorme abraço dominical a todos,
Marcos.

MINHAS MEMÓRIAS CINEMATOGRÁFICAS


Minhas memórias cinematográficas
Memória número 1: PUERIL
Eu, Marcos, quando criança, todos os dias assistia ao desenho animado do “Pinóquio” na TV Record, na época em que esta ainda não pertencia à Igreja Universal. Nesses momentos, lágrimas corriam de meus olhos porque eu não gostava nem um pouco de como esse boneco tratava seu vovozinho, não gostava das travessuras que ele aprontava com o pobre velhinho, especialmente quando ele desaparecia e o pobre ancião ficava desesperado à sua procura. Em minha remota lembrança, minha mãe me via chorando e me dizia: “Você não verá mais esse desenho! Vou desligar a televisão…”. Acho que enxugava minhas lágrimas e tentava me recompor… É evidente que, nessa época, identificava o vovozinho do Pinóquio a meu querido avô que eu via todos os finais de semana e com quem eu tinha uma relação de afeto gigantesca. Geralmente, passava os finais de semana com ele e aos domingos, aos finais das tardes, no momento de nos despedirmos e eu ir embora, eram lágrimas minhas de um lado e lágrimas dele de outro.
A imagem do vovozinho e do Pinóquio são imagens que me comovem até hoje. Inclusive, curioso dizer que quando assisti ao longa-metragem “Inteligência Artificial” de Steven Spielberg, emocionei-me profundamente quando o menino/boneco encontra-se com a Fada Azul… Referência direta à história do Pinóquio e lágrimas mais uma vez correram de meus olhos, de meu corpo, de meu ser, de meu íntimo...
Memória número 2: ADOLESCENTE
Minha família não tinha o hábito de ir ao cinema. Contudo, via muito a TV e especialmente a Sessão da Tarde da Rede Globo, na época em que não somente exibia blockbusters. Dessa época há um filme ao qual assistia constantemente – dado que os filmes eram repetidos com frequência – e que me lembro dele até hoje. Trata-se do filme “O Pássaro Azul”. Não sei exatamente o motivo, porém gostava desse longa, ou melhor, gostava da espécie de saga daqueles dois irmãos pela terra, pelo céu, pelos mais distintos lugares e, finalmente, do retorno à casa deles, onde após procurarem pelos mais diversos rincões e pensarem que o pássaro azul não existia, notam que este estava mais perto do que poderiam imaginar: em uma gaiola em sua própria casa.     
Quando adolescente o filme que me tocou e me fez emocionar-me profundamente foi “A cor púrpura” também de Steve Spielberg. Coincidência ou não, sei lá... mas, de uma forma ou de outra, tanto “Inteligência Artificial” quanto “A cor púrpura” são  dois filmes de Spielberg que tocaram no fundo de meu ser. A história daquelas duas irmãs, duas negras, duas mulheres separadas, a meu ver, de forma injusta, me fez perceber que eu gostava “daquilo” que estava vendo na televisão, ou seja, esse filme é aquele que me abriu as portas do cinema e talvez me comoveu tanto por tratar de uma história de “separação”, como a que acontecia comigo e com meu avô todos os domingos aos finais da tarde. Inclusive, até hoje, os domingos são dias nostálgicos para mim... Nessa época, ainda não tinha o hábito de ir ao cinema, mas comecei a alugar filmes em VHS e assisti a vários longas norte-americanos que abriram as portas para eu me tornar o cinéfilo que sou hoje.
Memória número 3: UNIVERSITÁRIO  
Já adulto, aos meus 18 anos, comecei a fazer estágio em um prédio que fica na esquina da Avenida Paulista com a Avenida Angélica. E ao fazer meu caminho a pé do metro Consolação até ele, todos os dias, passava pelo Cinema Belas Artes – na época, se não me engano, seu nome era esse. Que saudades!!! – e via as imagens dos filmes em cartaz pintadas à mão – minha lembrança é esta, não sei se de fato eram pintadas à mão ou não. Aquelas imagens dos filmes naqueles cartazes me seduziam, me hipnotizavam, era como se me chamassem e falassem comigo: venha nos ver, rs... Até que em um determinado dia, decidi assistir ao filme “Retorno a Howards End” e me encantei com aquela história, com a forma como se desenvolvia aquela narrativa e é óbvio com aqueles dois atores que na época para mim eram dois desconhecidos, ou melhor, estou me referindo a Anthony Hopkins e a Emma Thompson. Após essa efetiva descoberta, comecei a ir com mais frequência ao Cine Belas Artes. Aos sábados ou domingos, sempre assistia a algum filme de sua programação. Eu adorava sair de minha casa, pegar o ônibus até o metro Santana, tomar o metro em direção à região da Avenida Paulista, sair do metro e andar os quarteirões que ligam a saída do metro Consolação até o Cine Belas Artes... Quanta nostalgia de minha parte, porém, um texto como esse talvez me permita ser nostálgico. No Belas Artes, conheci os diretores que marcam minha vida, isto é, Pedro Almodóvar, Krzysztof Kieslowski e Alejandro González Iñarritú.  
Em 1996, nesse mesmo cinema vi o filme da minha geração, um filme que me fascinou pela forma como é construído, pelo tema tratado e, especialmente, pela trilha sonora (adoro as trilhas dos filmes, às vezes, até mais do que o próprio filme): estou me referindo a “Trainspotting”. Adorei esse longa não pela temática das drogas tratadas, mas sim por retratar uma geração meio perdida, meio sem rumo, um mundo em que predominam valores consumistas em que um grupo de jovens ficam vendo trens passarem sem saber muito o que fazer de suas míseras vidas. Na época gostei tanto do filme que comprei o CD com sua trilha sonora, o livro e quando pude o DVD. Somente faltaram a camiseta e abrir um fã-clube do filme, rs... algo que não realizei na época e nem realizarei mais. Enfim... acho que escrevi muito. Mas somente para terminar talvez esse texto devesse se chamar memórias de minhas lágrimas e/ou memórias de meu despertar para o cinema.
Marcos Peter Pinheiro Eça, texto escrito em outubro de 2012.
Abraço cinéfilo a todos,
Marcos. 

sábado, 6 de outubro de 2012

COSMÓPOLIS DE DAVID CRONENBERG

C
Ó
S
M
O
P
O
L
I
S
.
.
.

GENIAL...
BRILHANTE...
ÁCIDO...
SAGAZ...
FASCINANTE...


Apesar de Juliette Binoche aparecer apenas alguns minutos no filme, ela continua fabulosa e impecável como atriz.


Crítica: Cosmópolis